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Vidinha besta, vidinha linda (crônica) - José Fonseca

31/07/2023 00:00




­Vidinha besta, Vidinha linda

José Fonseca Filho **

O Brasil perdeu muito de sua beleza artística e musical ao longo deste triste ano - até aqui - a maioria dos personagens vencidos pela idade ou circunstâncias de saúde. Ou falta dela. Outras ocorrências lamentaveis ainda poderão acontecer, causando mais tristeza à população brasileira, de modo geral alegre e bem disposta. Salvo naturalmente as tragédias, intempéries, o inesperado.
E assim, pesarosamente, inesperadamente os brasileiros sofreram outros acontecimentos trágicos e, de alguma maneira, se sentem predispostos a aceitação de uma realidade adversa. Isso não acontece, contudo, de forma trágica a comprometer o prosseguimento natural da vida dos brasileiros e brasileiras. Talvez com mais problemas e animosidades entre a população, mas também com mais capacidade de resistência.
Além de ser, felizmente, um país com ânimo e força redobradas para que a vida de todos continue seguindo seu rumo, com esperança. Nesse período recente, parte da alegria do povo brasileiro desapareceu com a morte de artistas, músicos, atores e cantores de todos os matizes. E situados, todos eles, entre os mais queridos e adorados pela população, vítimas de fatos inesperados.
Artistas, cantores, músicos, escritores, compositores, teatrólogos, intelectuais e várias outras categorias de seres humanos excepcionais que se foram. Deixando, felizmente, uma extraordinária safra de exemplos, alegrias e ensinamentos a todos os seus irmãos e irmãs brasileiros e brasileiras.
Evidente que uma das razões principais e inevitáveis das perdas humanas tão queridas foi a ocorrência de acidentes, doenças, fatalidades e acidentes inesperados. Nadal de serem contornados, evitados ou tratados de formas passíveis de evitar a tragédia. De cada um e do sofrimento do povo brasileiro. As qualidades de todos eles, fartamente lembradas de então.
Foram-se mas nos deixaram com a lembrança de todos no coração. Todos eles e suas memórias sempre exaltadas, lembradas. Por vezes nem tanto tanto quando estavam entre nós e deixávamos de ouvi-los, lê-los, debatê-los com a devida atenção. Aprender com eles. Nos alegrarmos com eles.
Lá se foram tantos heróis de nossos corações e mentes, que jamais serão esquecidos, tal como suas mensagens, quaisquer que tenham sido as formas de expressá-las.
A mais recente dessas personagens nos deixou com grandes mensagens de alegria, coragem e simplicidade. Além de uma fantástica dose de  humildade e, porque não, disposição e coragem para o combate contra o ódio, os preconceitos, o desrespeito, a perseguição gratuita e desmotivada. Contra o ódio e a maldade gratuita. Ela viveu também o  período da ditadura.
Esta personagem partiu deixando entre outras heranças e qualidades uma família como a sua, exemplo de amor e alegria. Justamente coisas que os radicais inconsequentes desconheciam haver no exemplo de alegria e amor que ela legou ao Brasil. Foi uma mulher extremamente alegre.
Suas músicas foram alegres e criativas. De grande sucesso, de invejável acolhimento pelos jovens ou menos jovens. Modesta, simples, brilhante e corajosa. Ao contrário do que ela mesmo afirmava, totalmente em desacordo com sua personalidade e sua vida alegre, RITA LEE não teve uma vidinha besta, como ela costumava dizer. Bem ao contrário teve, isto sim, uma vida alegre, ativa e exuberante.
** José Fonseca Filho é jornalista
Imagem - Autoretrato Rita Lee



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