Guillermo Piernes
GUILLERMO PIERNES

Home
Home

Autor
Autor

Livro Fatos e Delírios
Hechos y delirios

Contos
Cuentos

Artigos
Artículos

Poesias - Crônicas
Poesias - Crónicas

Índice
Índice

Correio dos Leitores
Correo de los Lectores

Guillermo Piernes
GUILLERMO PIERNES
Poemas
Poemas
Olimpíadas humanizadas - (Crônica) - José Fonseca

25/06/2024 00:00




­As Olimpíadas beneficiam mais a humanidade do que a política
José Fonseca Filho **
A mais recente já se foi, com muito sucesso embora capenga, devido às limitações forçadas pela pandemia. O Japão teve um tremendo prejuízo, sem público para assistir a nenhuma competição. Os espetáculos pela abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos, de beleza e técnica extraordinárias, parecem insuperáveis, até que as seguintes as suplantem. Um sucesso mundial e permanente para a humanidade.

Os jogos olímpicos, ou simplesmente Olimpíadas, são a maior festa de congraçamento e evolução da humanidade, realizadas desde tempos remotos. As atrações se ampliam, novas isputas são incorporadas. Aumenta cada vez mais o número de atletas participantes. Em clima de disputa sem acirramento de ânimos ou violência. Nas semanas de olimpíadas, a humanidade se concentra na união de seus filhos.

A força humana, homens e mulheres de todos os credos e raças, se apresenta irmanada. Não apenas os que desfrutam de plena saúde. A disputa das Paraolimpíadas é um espetáculo de grandeza e emoção, quando irmãos e irmãs atingidos por sérios distúrbios de saúde participam de esportes diversos. Deficiências natas, ataques à natureza humana não inviabilizam os homens e mulheres que superam incríveis dificuldades. Com alegria e
disposição.

O Brasil e seus atletas paraolímpicos, deficientes na denominação, porque quase tudo fazem e se desenvolvem nas competições, apesar das restrições físicas e mentais. Medalhas de ouro, de prata, de bronze revelam a força desses pretensos condenados à estagnação física ou intelectual. São os bravos cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras de sorrisos enormes e orgulhosos a cada demonstração de força. E conosco, toda a humanidade. Uma vitória sobre as deficiências

As Olimpíadas se ampliam a cada realização. Novos esportes são acrescentados, como o recente skate. A próxima será agora, na França, por enquanto já com uma nova atração garantida: escalar a torre Eiffel por um lado e descer pelo outro. Tarefa dificil, os atletas terão que fazer muita força. Outra novidade praticamente assegurada será o lançamento de grandes queijos, substituindo o de pesos, que tem causado atrofias nos atletas, por grandes blocos de camembert e roquefort.
Há novidades em fase de organização e que provocarão debates. Outra ideia é acabar com os tradicionais prêmios de medalha de ouro, medalha de prata e medalha de bronze, de alto  custo material. Seriam substituídas pela exaltação de itens dos quais a civilização ainda carece: comida, bebida, remédios, educação. Tardiamente a humanidade volta a lutar para chegar ao máximo de dignidade do ser humano. A partir do esporte.

As alterações visam dar um toque de humanismo às competições e destacar grandes conquistas da humanidade, ainda não complementadas. Em vez de troféus de metais preciosos fomenta-se velhos valores, algo esquecidos. Os vencedores das etapas receberão como prêmio placas de material orgânico, fruto de pesquisa científica, destacando princípios da humanidade que merecem nossa preservação e respeito: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Em Paris, ao final dos jogos, novos prêmios para as categorias vencedoras. É objetivo promover eternamente os direitos de cada ser humano. Menos valor material, mais compromissos com as primordiais causas da humanidade. Sai o ouro entra a Liberdade; sai a prata chega a Igualdade, vai-se o bronze e revigora-se a Fraternidade. Simbologias de nobreza, de humanismo. Não demonstrativos de riqueza.
** José Fonseca Filho é jornalista
* Imagem: Discóbolo - Redditi


[ VOLTAR ]
Textos protegidos por Copyright - Guillermo Piernes 2024