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Corra! O mundo acaba (II) - (Crônica) - José Fonseca

25/04/2023 00:00




­Corra! O mundo está se acabando ( II )

Por José Fonseca Filho **
 
A mãe natureza também não está contribuindo para a segurança mundial. Há meses o Brasil sofre inundações em seu território, proveniente de chuvas torrenciais, deixando milhares de vítimas. A produção agrícola totalmente prejudicada. As vítimas sem comida, sem saneamento e sem moradia. Algo que se repete em vários outros países europeus, africanos árabes e asiáticos. A Europa e os Estados Unidos também tiveram boa parte de seus territórios arrasados por tempestades e suas consequências nos últimos meses.
Outras situações dramáticas estão abalando várias regiões e criando riscos sociais, políticos e econômicos em diversos países. Na França a população revoltada protesta contra a reforma trabalhista proposta pelo presidente Macron. A maioria dos franceses não quer mais trabalhar tanto pelo futuro de seu país, parece. Desejam agora descansar e se divertirem. O governo quer encurtar o período de pagamento da aposentadoria dos trabalhadores franceses aos 64 anos de idade, não mais aos 62, como hoje.
Os trabalhadores franceses maduros hoje preferem o estilo bon vivant e promovem gigantescas manifestações contrárias à mudança do prazo. Destroem o que aparecer na frente. Todos aparentemente saudáveis e bem vestidos. Frequentadores assíduos do consumo dos cafés, vinhos, baguetes, pâtisserie et la champagne no charme da Champs Eliseés. Ir para o batente e pagar mais impostos já não mais lhes interessam. On veux bien vivre, dit les françaises.
Não bastasse este quadro trágico num determinado país há outros problemas em nosso querido planeta. Milhares de habitantes de países pobres fogem para a Europa em frágeis embarcações pelo mar Mediterrâneo. São acolhidos e alimentados pelos países receptores e posteriormente enviados de volta para os locais de origem. Um trabalho difícil de executar. A custo elevado para os países receptores. Várias embarcações afundam e poucos fugitivos sobrevivem.
No Sudão, quase 300 pessoas já morreram nas batalhas entre dois chefes miliares. Nos países asiáticos ocorrem tempestades com furacões deixando igual rastro de mortes e destruição. Do ano passado até agora as tragédias estão se repetindo em todo o mundo, com crescente destruição. Cidades inteiras foram inundadas durante semanas no Brasil. Estradas destruídas e o transporte de produtos e alimentos inviabilizado.
No país mais rico do mundo, os Estados Unidos, os tornados se repetem anualmente, provocando desastres. No interior do país a maioria das construções residenciais e comerciais é de madeira. Reduz o custo de construção mas também a durabilidade das obras. Pouquíssimas sobrevivem aos tornados, mesmo assim em péssimo estado. Os ventos carregam as placas de madeiras como se fossem de papelão. Os repetidos desastres assustam e matam os moradores de cada região.
Por mais modernas que sejam as técnicas e instrumentos de combate ao narcotráfico o comércio e a exportação de drogas crescem em todo o mundo. Mais uma área de risco para a sobrevivência da humanidade. Os traficantes avançam tecnologicamente e apresentam sua nova conquista: o minisubmarino. Entregas garantidas, asseguram os traficantes. Já são muitos operando no litoral brasileiro, todos com controle automático. A frota dos traficantes acabará sendo superior à da Marinha. Mais um risco para a humanidade.
As mulheres, as quais temos de honrar e proteger, enchem o mundo de esperança, beleza e continuidade da vida. Grande núemero delas, entretanto, estão sendo ultimamente agredidas ou assassinadas por homens, canalhas em seus próprios relacionamentos. O número de agressões aumenta gradativamente, causando medo e desespero às mulheres. Até agora uma situação grave e sem controle.
O Brasil é dos países onde mais ocorre perseguição às mulheres, maltratadas e assassinadas. Geralmente por ex- amantes, maridos, namorados, escroques, sempre com requintes de maldade e violência. Algumas depois de abusadas barbaramente são jogadas abaixo pelas varandas dos prédios. Incrível mas verdadeiro. Outras são maltratadas ou mortas por escroques fantasiados de médicos.
Mais um impacto brutal ao mundo já assustado com barbaridades. Norte-americanos movidos pelo ódio e a estupidez invadiram o Congresso dos Estados Unidos armados e destroem parte de suas instalações. Por pouco não houve massacre, mas a pancadaria violenta durou horas. Na realidade, foi uma tentativa de golpe contra a democracia.
O exemplo foi imitado no Brasil. Centenas de golpistas passaram uma semana fazendo piquenique e dormindo nos jardins em frente ao quartel general do Exército. Baderna chique. Descansados e bem alimentados, depois os baderneiros caminharam até o prédio do Congresso e, em grupos, começaram a destruir as instalações das sedes do Executivo, Legislativo e do Judiciário. Tentativa de golpe, como nos Estados Unidos.
Países ricos e empresas espaciais inovadoras estão começando a lançar foguetes extra poderosos ao espaço, na expectativa de enfrentar futuras emergências no mundo sob risco. Nem todos são bem sucedidos, é verdade. À situação claudicante em nosso planeta antecipa-se uma fase de criação de foguetes salvadores gigantescos.
São testes, mas por enquanto parecem sonhos. A seguir soa como única possibilidade, mesmo ilusória, de salvação de nossa querida Terra.
** José Fonseca Filho é jornalista
Imagem: Game Art Studio



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