Uma vergonha sem igual

A massacre do nobre animal

Que tanto ajudou ao Nordeste

Sendo eliminado como peste.

Como meio de transporte

Ao caboclo dava suporte

Companheiro de trabalho

Só faltava jogar baralho.

Parem de matar jumentos!

Virou produto de exportação

O jumento está em extinção.

Chega de matança sem sentido!

Explicam é para remédio "eijiao"

Que para o inferno eles vão.

Numa canção quase um lamento

Um gigante fez apologia do jumento

Luiz Gonzaga deu a definição fatal

Jumento foi símbolo do Nordeste

De seguir tapando sol com peneira

Vai acabar honra, Bíblia, Bandeira.

Bastou ceder a peste

Guerras de leste ao oeste

Com tanto bilionário

Milhões com fome a diário.

Quantos necessitam morrer

Para o humano renascer ?

Vamos cantar as verdades

Antes de chegar novos fakes

Estamos todos conectados

Cada vez mais fragmentados.

Quanto mais armas temos

Mais inseguros estaremos,

Religião que discrimina

Merece acabar na latrina

Habitamos belo planeta,

Formosa e generosa teta

Que alimenta e aconchega,

Para a ambição não chega

Rios, esgotos a céu aberto

Floresta queimada, deserto,

Muito calor até no inverno

Fizemos de Natureza, Inferno

Afastemos do abismo

Vivamos sem egoísmo

Sonhemos em dar as mãos

Sejamos fraternos irmãos