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Matrimônio - (Crônica) - José Fonseca Filho

20/02/2024 00:00




­Matrimônio

de José Fonseca Filho **
O que está escrito aí em cima, a título de título, parece um palavrão, mas na verdade trata-se de uma simples denominação para um ato que praticamente todos os seres humanos praticam. Homens e mulheres. Muitos e muitas não praticam, até fogem dele, como o diabo fugiria da cruz, por razões difíceis de explicar. Não porque simplesmente não querem, ou não podem, mas por não verem nenhum atrativo, ou vantagem, no ato do casamento. Por isso tentam várias vezes. Com tipos de gente diferentes.

Já outros e outras, por sua vez casam-se, sentem-se inteiramente felizes com esta decisão e, mais importante ainda: casam-se e permanecem casados para todo o sempre. E até o fim da vida. Mas casou, assim ficou. Até porque, quando uma mulher e um homem se casam - pode até não acontecer ? mas a esta união seguem-se os filhos. Um ou mais, que podem ser dois ou vários. Claro, eis aí o símbolo da pretensa felicidade humana, a chamada família.

Mas há matrimônios em que o casal não quer, não consegue, desiste no meio docaminho ou um dos pares padece de algum problema de natureza orgânica, e assim não consegue se reproduzir. Existem também problemas de incompatibilidades entre a composição genética do casal, o que não permite a geração de filhos, por quaisquer motivos. Nesses casos, um casal pode trocar de parceiro, na expectativa de que a nova composição possa gerar os desejados filhos. Maria não conseguiu, mas Rosalva talvez consiga. 

Há casais que não conseguem ter filhos mas levam a vida tranquilamente, acomodados com o destino. Outros partem para o troca-troca de parceiros e seguem na laboriosa e agradável tentativa de, finalmente, se tornarem papai e mamãe. E, quem sabe, até cheios de filhos. É prazeroso tentar. Mas existem os insistentes: passam anos tentando, mesmo que não aconteça nenhum resultado positivo. Continuamos insistindo, é muito agradável, dizem aos amigos curiosos.
Para esses há também a solução do filho adotivo. Muito recomendada pela vasta maioria das pessoas, pelo benefício que proporcionaria a crianças praticamente abandonadas, sem pai nem mãe. Nem qualquer benfeitor/a que os queira ajudar, através da adoção.

O casamento, nas últimas décadas, perdeu muito de sua estabilidade. Os casais se dissolvem e os filhos se desapegam. Mas em sua maioria ficam vivendo com as mamães, que se supõem e são aceitas como a mais importante parte da família. Ou podem acabar arranjando um novo parceiro. Pode acontecer o inverso, também. O papai excluído arranja outra mamãe com novos filhos, assume o conjunto e segue como se nada houvesse acontecido. Só mudam os nomes.

A separação, o divórcio, o desencanto não é mais problemático na vida moderna de um casal. É seguir em frente, sem se lamentar, sem se aborrecer. Tampouco sem achar que sua vida vai piorar. Pode até, ao contrário, melhorar.

Nos tempos modernos há ainda homens e mulheres que formam casais do mesmo sexo e arranjam filhos e herdeiros com novas alternativas e opções, gradativamente assumidas pela sociedade. Essa nem Deus chegou a imaginar, por mais que fosse imensa sua sabedoria. Hoje é realidade. Papai casa com papai, mamãe com mamãe. Enfim, o que se busca, com todas essas características e mudanças, é que a humanidade seja feliz, e as famílias, quaisquer que sejam seus integrantes, se tornem felizes, alegres e confiantes na vida.

Há pessoas, e tantos casais, que casam por uma vez, são felizes e permanecem casados, juntos, por 40 anos ou mais. Mesmo tendo casado por uma única vez. Outros, como este escriba, casam três ou quatro vezes mas não conseguem passar dos quinze anos de casado. Não por falta de esforço.
** José Fonseca Filho é jornalista
* Crédito Imagem: Testando produtos cosméticos


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