Eles não entendem que o mais importante neste momento é comprar 24 aviões de combate americanos F-16 que custam 60 milhões de dólares cada um, como pensa o atual presidente. Como vão entender se não são economistas e só vivem reclamando, deve pensar o presidente, que ao tomar posse declarou "no hay plata". 

Também eles não entendem que o atual economista na Casa Rosada esnoba a China, o maior comprador de grãos e carne do mundo, os principais produtos do país. Talvez o presidente espera que Estados Unidos passe de grande vendedor desses produtos para comprador para se alinhar a suas preferências ideológicas. 

Que China também é a principal financiadora externa de obras de infraestrutura também não parece ser importante para o presidente economista. As estradas argentinas são maravilhosas, principalmente para quem se descoloca em avião. 

Igualmente eles não percebem a "genialidade" do presidente - cujo nome prefiro não mencionar - ao chamar de "ignorante" ao presidente do México, Manuel López Obrador. México, nação que além das ótimas relações históricas com Argentina é vital para indústria automotriz do país sul-americano. O presidente argentino insultou ao mandatário mexicano após receber críticas ao seu programa econômico. Que ousadia a do presidente  mexicano, segundo a lógica "mileniana".  F-16 nele?

O presidente argentino insultou também o primeiro mandatario da Colômbia, Gustavo Petro, ao defini-lo de "terrorista assassino". Varios diplomatas argentinos serão expulsos do território colombiano, em resposta. A logica "mileniana" também não foi compreendida pelo governo eleito colombiano. Assim ficará mais barata a operação do ministerio de Relações Exteriores além de ter mais um argumento para gastar dinheiro com os F-16. 

Para que esses famintos e essa maioria pobre entenda a lógica "mileniana" da compra dos jatos de combate: eles nunca serão utilizados para recuperar as ilhas Malvinas, um dos máximos exemplos de colonialismo de la atualidade. Mas esses aviões de combate poderão ser utilizados para criar tensão com Brasil, Chile e Bolívia, impulsando o armamentismo no Cone Sul, ate a criação de uma base militar ameriana na Argentina. Assim o medo da guerra fará esquecer a fome e a frustração de milhões de vida. Genial!

Esse é o caminho atual da política exterior da Argentina, aberto com insultos, desaires, ofensas e os F-16. Parece que essa matéria não foi das preferidas do economista presidente, assim como políticas culturais e educacionais, que orgulharam Argentina durante muitos anos. Mas os famintos e pobres não entendem que com medidas como as citadas, rapidamente a meta será alcançada: Argentina colonia, Yes!